Na condição de colega que sempre acreditou na luta pela valorização da nossa categoria de servidor público, aceitei o convite da Nadja de Paula para a tarefa de unir os colegas e fazer o nosso Sindicato grande e forte. Meu compromisso foi plenamente realizado quando alcançamos o crescimento desejado, pulamos de 16% da categoria sindicalizada para quase 70%, por meio da regionalização do Sintergs e do grande trabalho realizado junto à mídia. A nossa luta realmente transformou o nosso Sindicato, produzindo uma maior visibilidade e respeito perante a opinião pública. Tivemos alguns colegas incomodados com nosso crescimento, porque não querem que o sindicato defenda os interesses de todos técnicos de nível superior do poder Executivo. Entendem eles que sendo um sindicato pequeno haveria mais facilidades para defender os seus interesses. O certo é que nosso crescimento criou uma força política que conseguiu provar que unidos poderemos melhorar a situação da categoria. Tivemos várias vitórias, mas ainda temos muita coisa a conquistar. Plano de carreira, salário, previdência, precatórios, benefícios e o resgate dos nossos direitos, caminho que deixamos pavimentado para um futuro próximo.
Infelizmente, entre nós existem forças contrárias ao sindicalismo, que além de querer aparelhar a nossa entidade por interesses políticos-partidários, com recursos dos trabalhadores, resolveram atacar a minha sobrevivência, como forma de me tirar da frente de luta. Através de articulações espúrias e insalubres, conseguiram arrancar direitos remuneratórios que chegavam a representar 50% do total minha remuneração, além de retirar a vantagem justamente conquistada. Utilizaram recursos jurídicos de todas as formas para protelar que esta conquista me beneficie, abortando as condições de manter a sobrevivência da minha família, mostrando que o único objetivo é me afastar da luta sindical.
Para manter as condições da minha sobrevivência pessoal, estou tendo que abrir mão da prerrogativa da licença para mandato classista, como forma de recuperar daqui para frente a integralidade da minha remuneração. Devido a essa prática nefasta de algumas pessoas, só me restou como alternativa regressar às minhas atividades junto à Secretaria da Saúde. Essa a única alternativa que me restava, já que estou a quase quatro anos de me aposentar, e a suspensão desta parcela da remuneração retardará a minha aposentadoria e a incorporação desta vantagem ao valor da minha aposentadoria.
Com o meu retorno a atividade na Secretaria da Saúde, o 1º Vice Presidente, Lucidio Inácio Valoni Ávila passou a responder pelo Sintergs, junto com os demais membros da diretoria, no qual peço a todos que dêem seu voto de confiança e que continuem apoiando a nossa luta e o trabalho dos dirigentes, que foram eleitos democraticamente.
Não posso renunciar ao meu mandato por respeito aos colegas que depositaram a confiança em mim e na diretoria, e por ter muitos compromissos assumidos é que precisamos alcançar para atender as expectativas dos nossos colegas. Também precisamos restabelecer o mal que sofremos por injustiça e vingança pessoal que venho sendo vitima, por um grupo partidário de colegas que desrespeita a democracia, da forma mais violenta e grosseira. Continuo sendo vítima de ameaças, minha privacidade foi invadida e devassada, suspeito de violarem minha comunicação e informações pessoais, por último tivemos informações que alguns opositores andaram freqüentando nossas atividades portando armas de fogo, cujo o alvo possivelmente seria eu. Por isso, tive recomendações para cuidar da minha segurança pessoal e de outras pessoas que não comparecesse nas últimas atividades do sindicato. Não estou fugindo da luta, busco a sobrevivência da minha família, continuo a ajudar e apoiar todos interesses dos colegas. Onde estiver estarei defendendo esta diretoria e a luta de toda categoria. Continuem contando com meu trabalho em defesa da valorização profissional e salarial de todos os colegas Técnicos-Científicos.
Cesar Luís Pacheco Chagas,
Presidente do Sintergs